1º Simpósio de Qualidade e Segurança do Paciente

No dia 24 de abril, o Hospital Sapiranga promoveu o 1º Simpósio de Qualidade e Segurança do Paciente, reunindo gestores hospitalares, profissionais da assistência, médicos e acadêmicos de cursos de ensino superior em um espaço de aprendizado, troca de experiências e reflexão sobre práticas seguras no cuidado ao paciente.

O evento teve como objetivo fomentar a cultura da segurança, disseminando conhecimentos atualizados e estratégias que fortalecem a qualidade no atendimento prestado. Com uma programação diversificada, os participantes puderam acompanhar palestras e painéis conduzidos por especialistas da área, abordando temas como protocolos assistenciais, gestão de riscos, comunicação segura, entre outros pilares essenciais para a excelência nos serviços de saúde.

A JME Informática, referência em soluções tecnológicas para gestão hospitalar, foi uma das patrocinadoras do simpósio, reforçando seu compromisso com a inovação e o fortalecimento de boas práticas na área da saúde.

A iniciativa reafirma o compromisso do Hospital Sapiranga com a melhoria contínua dos seus processos assistenciais e administrativos, alinhando-se às melhores práticas do setor hospitalar.

O sucesso do simpósio e a expressiva participação do público confirmam a importância de espaços como este para o avanço da segurança do paciente e da qualidade no cuidado em saúde.

1º Simpósio de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital de Sapiranga:

Os Desafios da Interoperabilidade na Área da Saúde

A transformação digital tem impulsionado grandes avanços na área da saúde. Novos dispositivos médicos, aplicativos especializados, sistemas de gestão hospitalar e a inteligência artificial (IA) têm revolucionado a forma como diagnósticos são feitos e tratamentos são conduzidos. No entanto, a interoperabilidade entre essas tecnologias continua sendo um dos principais obstáculos para a eficiência do setor.

Interoperabilidade, em essência, refere-se à capacidade de diferentes sistemas, dispositivos e aplicações de se comunicarem de maneira eficaz, permitindo a troca e o uso de informações de forma consistente e segura. Em um ambiente hospitalar, onde dados de múltiplas fontes, como prontuários eletrônicos, exames laboratoriais e equipamentos de monitoramento, precisam ser integrados, a falta de interoperabilidade resulta em fragmentação de informações. Isso prejudica a continuidade do cuidado ao paciente e dificulta a tomada de decisões clínicas em tempo hábil.

Um dos grandes problemas está na diversidade de padrões adotados pelos fornecedores de tecnologia. Cada solução muitas vezes utiliza protocolos próprios, o que cria barreiras para a integração com outros sistemas.

Além disso, questões relacionadas à segurança e à privacidade dos dados também representam um desafio. A necessidade de garantir que informações sensíveis, como históricos médicos, sejam compartilhadas de forma segura e estejam em conformidade com regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) aumenta a complexidade da implementação de sistemas interoperáveis.

Outro aspecto crítico é o custo. A adaptação ou substituição de sistemas para garantir a interoperabilidade exige investimentos significativos, tanto em infraestrutura quanto em capacitação de equipes. Para muitas instituições, especialmente as de menor porte, esses custos representam um obstáculo considerável.

No entanto, superar esses desafios é essencial. A interoperabilidade não apenas melhora a eficiência operacional, mas também eleva a qualidade do cuidado prestado aos pacientes. Ela possibilita uma visão integrada do histórico clínico, reduz erros médicos e agiliza processos como a solicitação de exames e a obtenção de resultados.

O caminho para a interoperabilidade exige esforços coordenados entre governos, organizações de saúde e fornecedores de tecnologia. A padronização de protocolos, o incentivo à adoção de soluções interoperáveis e a criação de políticas públicas que promovam a troca de informações de forma segura são passos fundamentais. Apenas com uma abordagem colaborativa será possível construir um ecossistema de saúde mais conectado e eficiente, beneficiando pacientes e profissionais.

A interoperabilidade, apesar dos desafios, é um objetivo indispensável para o futuro da saúde. À medida que avançamos tecnologicamente, ela deve ser vista não como uma barreira, mas como uma oportunidade para transformar o cuidado em saúde e torná-lo mais integrado, acessível e centrado nas necessidades do paciente.

 

Migração de Sistemas de Gestão Hospitalar: Desafios, Cuidados e Ações para o Sucesso

A migração de um sistema de gestão hospitalar é um processo complexo e desafiador, que exige planejamento minucioso e execução coordenada. Além de envolver aspectos técnicos, a transição também impacta diretamente os fluxos de trabalho e as pessoas que operam o sistema. Neste artigo, abordaremos as dificuldades comuns, os cuidados necessários e as ações que podem ser tomadas para garantir uma migração bem-sucedida.

Principais Desafios

  1. Resistência da equipe interna: A adesão dos profissionais é essencial para o sucesso da migração. No entanto, é comum encontrar resistência, seja pelo receio de mudanças nos processos já consolidados, seja pela insegurança em relação ao uso de novas tecnologias.
  2. Falta de infraestrutura adequada: Muitos hospitais enfrentam limitações em sua infraestrutura tecnológica, como equipamentos desatualizados, conexões de internet instáveis e recursos financeiros restritos.
  3. Treinamento insuficiente: A falta de capacitação adequada pode comprometer a utilização plena do novo sistema, gerando frustração na equipe e retrabalho. Neste sentido a equipe do próprio hospital é fundamental, definindo os facilitadores e promotores para repassar o conhecimento para os demais colaboradores.
  4. Adaptação aos novos processos: Mudanças no fluxo de trabalho exigem tempo para adaptação, o que pode impactar temporariamente a produtividade e a qualidade do atendimento.
  5. Riscos de perda de dados: A migração de dados é um dos aspectos mais críticos. Erros nesse processo podem resultar na perda ou corrupção de informações essenciais, como histórico de pacientes e indicadores de desempenho.
  6. Interrupção das operações: Dependendo da estratégia de migração adotada, pode haver interrupções temporárias nos sistemas, afetando o atendimento e a eficiência operacional.

Cuidados Essenciais

  1. Planejamento detalhado: Antes de iniciar a migração, é crucial realizar um mapeamento completo dos processos existentes, identificando as áreas mais sensíveis e definindo uma estratégia de transição personalizada.
  2. Escolha de um fornecedor experiente: Trabalhar com uma empresa que possua expertise comprovada em sistemas de gestão hospitalar é fundamental para garantir suporte técnico e operacional durante o processo. A avaliação dos serviços prestados para outras instituições de saúde, do mesmo porte do seu hospital, é fundamental para ter a segurança na escolha.
  3. Comunicação transparente: Envolver todos os níveis da organização, desde a alta direção até os usuários finais, é essencial para alinhar expectativas e minimizar resistências.
  4. Testes e validações: Antes da implantação definitiva, realizar testes em ambientes controlados ajuda a identificar falhas e ajustar os processos.
  5. Garantia de backup: Realizar backups completos e seguros dos dados antes da migração é imprescindível para evitar perdas irreparáveis.
  6. Plano de contingência: Desenvolver um plano de contingência permite que o hospital esteja preparado para lidar com eventuais problemas durante a transição, reduzindo impactos negativos.

Ações para uma Migração Bem-Sucedida

  1. Promova treinamentos consistentes: O hospital deve definir uma equipe de facilitadores, que serão capacitados para repassar o conhecimento para os demais colaboradores. Esse é um dos passos mais importantes, pois a ideia de treinar todos os usuários, pode ser dispendiosa e consumir um tempo que a instituição não possui no momento da migração. Investir em treinamentos práticos e teóricos garante confiança e competência na operação do novo sistema.
  2. Implemente gradualmente: Sempre que possível, adotar uma implantação gradual permite identificar e corrigir problemas sem comprometer toda a operação hospitalar. Neste caso deve ser definido os processos e funcionalidades que já estão sendo utilizados pela instituição para depois focar em novas implementações.
  3. Monitore indicadores: Acompanhar os principais indicadores de desempenho após a migração ajuda a avaliar o impacto do novo sistema e identificar oportunidades de melhoria.
  4. Ofereça suporte contínuo: Disponibilizar suporte técnico e operacional durante os primeiros meses é essencial para garantir que os usuários superem eventuais dificuldades.
  5. Celebre conquistas: Reconhecer o esforço da equipe e celebrar os marcos atingidos durante o processo ajuda a manter o engajamento e reforça a confiança no novo sistema.
  6. Analise os processos: Durante e após a migração faça uma avaliação dos processos internos para tentar identificar melhorias que possam impactar na redução de custos, aumento da produtividade, redução de retrabalho e erros.

Conclusão

A migração de um sistema de gestão hospitalar é uma jornada desafiadora, mas com planejamento adequado, comunicação clara e suporte eficaz, é possível transformar essa transição em uma oportunidade para otimizar processos, melhorar a eficiência operacional e elevar a qualidade do atendimento. Ao envolver todos os stakeholders e adotar boas práticas, os hospitais podem superar as dificuldades e colher os benefícios de uma gestão mais moderna e integrada.

Desafios da Inteligência Artificial na Saúde

A Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de humanizar o atendimento aos pacientes internados em hospitais de várias maneiras, mesmo que a IA seja uma tecnologia. Isso pode parecer paradoxal, mas a IA pode melhorar a experiência do paciente ao liberar profissionais de saúde para se concentrarem em tarefas mais humanas e proporcionar um cuidado mais personalizado. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a IA pode humanizar o atendimento hospitalar:

Automatização de Tarefas Repetitivas: A IA pode ser usada para automatizar tarefas administrativas e de rotina, como registro de dados e tarefas de documentação. Isso libera tempo para os profissionais de saúde se concentrarem em interações mais humanas com os pacientes.

Melhoria na Tomada de Decisões Clínicas: A IA pode analisar grandes quantidades de dados médicos para auxiliar médicos no diagnóstico e tratamento. Isso pode levar a diagnósticos mais precisos e planos de tratamento mais eficazes, proporcionando um atendimento de maior qualidade aos pacientes.

Monitoramento Contínuo: Sistemas de IA podem monitorar constantemente os pacientes, alertando a equipe de saúde para quaisquer alterações significativas em seu estado de saúde. Isso permite intervenções mais rápidas e pode salvar vidas.

Personalização dos Cuidados: A IA pode ser usada para criar planos de tratamento personalizados com base nas necessidades e histórico médico de cada paciente. Isso torna o tratamento mais relevante e eficaz.

Assistência na Comunicação: A IA pode ser usada para traduzir idiomas, facilitar a comunicação com pacientes surdos ou com deficiência auditiva e até mesmo ajudar na interpretação de linguagem corporal, melhorando a comunicação entre pacientes e profissionais de saúde.

Educação e Informação: Chatbots e assistentes virtuais podem fornecer informações educacionais aos pacientes sobre suas condições de saúde, tratamentos e opções de cuidados. Isso capacita os pacientes a tomar decisões informadas.
Monitoramento Remoto: A IA pode permitir o monitoramento remoto de pacientes em suas casas, o que pode aumentar a comodidade e reduzir o estresse associado às visitas frequentes ao hospital.

Cuidados Paliativos e Apoio Emocional: Chatbots e assistentes virtuais podem oferecer suporte emocional aos pacientes, ajudando a aliviar o estresse e a ansiedade associados ao tratamento e internação hospitalar.

É importante notar que, embora a IA tenha o potencial de melhorar o atendimento e humanizar a assistência hospitalar, ela não deve substituir o contato humano. A IA deve ser usada como uma ferramenta complementar que capacita os profissionais de saúde a fornecer cuidados mais centrados no paciente. O equilíbrio entre tecnologia e atendimento humano é fundamental para garantir a humanização do atendimento hospitalar.

por Dr Claudio Nunes
Consultor JME

CRESCIMENTO DA EMPATIA CLÍNICA

Conceito de empatia

Empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos, pensamentos e perspectivas de outra pessoa. Envolve ser capaz de se colocar no lugar de outra pessoa, de ver o mundo do ponto de vista dela e de se conectar emocionalmente com suas experiências. A empatia é um componente essencial da interação, comunicação e relacionamentos humanos. Desempenha um papel crucial na promoção da compreensão, compaixão e apoio aos outros.

Geralmente existem três tipos principais de empatia:

Empatia Cognitiva: Esta é a capacidade de compreender e captar intelectualmente os pensamentos, sentimentos e perspectivas de outra pessoa. Envolve reconhecer e compreender as emoções de outra pessoa e o que ela pode estar passando, sem necessariamente compartilhar essas emoções.

Empatia Emocional: A empatia emocional, também conhecida como empatia afetiva, vai além da compreensão dos sentimentos de outra pessoa no nível intelectual. Envolve compartilhar as experiências emocionais de outras pessoas e sentir uma resposta emocional semelhante. Quando você tem empatia emocional com alguém, você pode sentir alegria quando essa pessoa está feliz e tristeza quando está triste.

Empatia Compassiva: A empatia compassiva combina empatia cognitiva e emocional com o desejo de agir e ajudar aqueles que estão em perigo. Envolve não apenas compreender e sentir por outra pessoa, mas também estar motivado para fornecer apoio ou assistência.

A empatia é uma habilidade vital em vários aspectos da vida, incluindo relacionamentos pessoais, criação de filhos, amizades e ambientes profissionais. Ajuda na comunicação eficaz, na resolução de conflitos e na construção de confiança com outras pessoas.

Cultivar e praticar a empatia pode levar a melhores relacionamentos, melhor compreensão dos outros e aumento da inteligência emocional geral. É uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada ao longo do tempo por meio da escuta ativa, da tomada de perspectiva e do cuidado e preocupação genuínos com o bem-estar dos outros.

 

Empatia clínica 

A empatia clínica é um campo de estudo e prática que tem recebido atenção crescente na área da saúde e desempenha um papel crucial na gestão clínica em hospitais, sendo um modelo transformador que pode melhorar significativamente a qualidade do atendimento ao paciente e o ambiente de trabalho para os profissionais de saúde.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais a empatia pode ser incorporada como um modelo transformador na gestão clínica hospitalar:

Melhoria na Comunicação com Pacientes: Desenvolver programas de treinamento em comunicação para profissionais de saúde, enfatizando a empatia na interação com os pacientes. Incentivar práticas que promovam uma comunicação aberta e transparente, permitindo que os pacientes compreendam completamente seus diagnósticos, tratamentos e prognósticos.

Criação de uma Cultura Empática: Estabelecer uma cultura organizacional que valorize e recompense comportamentos empáticos. Incluir a empatia como uma classificação nas avaliações de desempenho e reconhecimentos profissionais.

Treinamento em Habilidades de Empatia para Equipes de Saúde: Fornece treinamento contínuo em habilidades de empatia para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Incorporar simulações e role-playing para práticas clínicas solicitadas.

Envolvimento dos Funcionários: Crie canais para os funcionários expressarem preocupações e sugestões, demonstrando que suas opiniões são valorizadas. Implementar estratégias para apoiar o bem-estar dos profissionais de saúde, acompanhando os desafios emocionais que enfrentam diariamente.

Inovação em Modelos de Cuidados: Explore modelos de cuidados centrados no paciente que priorizem as necessidades e preferências individuais. Incorporar feedback dos pacientes no desenvolvimento de novos processos e protocolos de atendimento.

Liderança Empática: Treinar líderes em habilidades de liderança empática, incentivando uma abordagem colaborativa e de apoio. Modelar comportamentos empáticos desde o topo da gestão organizacional.

Melhoria na Experiência do Paciente: Implementar medidas práticas para melhorar o conforto e a experiência geral do paciente no ambiente hospitalar. Criar políticas que considerem não apenas a eficiência clínica, mas também o impacto na experiência do paciente.

Colaboração Interdisciplinar: Promover a colaboração entre diferentes disciplinas de saúde para fornecer cuidados mais integrados e holísticos. Criar espaços para reuniões interdisciplinares que incentivem a troca de informações e perspectivas.Integrar a empatia como um modelo transformador na gestão clínica não apenas melhora a satisfação do paciente, mas também pode contribuir para a redução do estresse entre os profissionais de saúde e fortalecer a eficácia global da equipe hospitalar. Essa abordagem focada nas pessoas pode levar a uma cultura organizacional mais saudável e a resultados positivos tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.

A melhoria na comunicação com os pacientes é fundamental para a prestação de cuidados de saúde eficazes, a promoção da segurança do paciente e a criação de uma experiência positiva para os pacientes.

Aqui estão algumas estratégias para melhorar a comunicação com os pacientes:

Treinamento em Comunicação: Oferecer treinamento regular em habilidades de comunicação para profissionais de saúde. Isso pode incluir técnicas de escuta ativa, comunicação não verbal eficaz e abordagens empáticas.

Linguagem Acessível: Evite jargões médicos complexos e use linguagem simples e compreensível para explicar diagnósticos, tratamentos e informações relacionadas à saúde.

Comunicação Culturalmente Competente: Reconhecer e respeitar as diferenças culturais dos pacientes. Isso inclui compreender práticas culturais de saúde, preferências de comunicação e implicações.

Envolver os Pacientes na Tomada de Decisões: Incentivar a participação ativa dos pacientes na tomada de decisões relacionadas ao seu tratamento. Isso fortalece a autonomia do paciente e promove uma abordagem mais centrada no paciente.

Uso de Ferramentas de Comunicação: Utilização de ferramentas de comunicação, como folhetos educativos, vídeos explicativos e recursos online, para complementar as informações fornecidas pessoalmente.

Agenda de Comunicação Regular: Estabelecer uma agenda regular de comunicação para informar os pacientes sobre seu estado de saúde, planos de tratamento e progresso. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e a incerteza.

Feedback dos Pacientes: Coletar feedback dos pacientes sobre a qualidade da comunicação. Isso pode ser feito por meio de pesquisas, entrevistas ou sistemas de feedback online.

Comunicação Eletrônica Segura: Implemente sistemas seguros de comunicação eletrônica para permitir que os pacientes enviem perguntas, obtenham resultados de testes e acessem informações sobre sua saúde de forma conveniente.

Comunicação Empática em Situações Difíceis: Desenvolva habilidades para comunicar mais notícias de maneira empática e abrangente. Oferecer suporte emocional e recursos para lidar com o impacto emocional das informações.

Comunicação Interdisciplinar: Facilitar a comunicação eficaz entre diferentes profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente. Isso é crucial para garantir uma abordagem integrada e holística.

Acesso à Informação de Saúde: Garantir que os pacientes tenham fácil acesso a informações sobre sua saúde, histórico médico e planos de tratamento. Portais online seguros podem ser úteis nesse aspecto.

Respeito pelo Tempo do Paciente: Ser pontual nas consultas e respeitar o tempo dos pacientes, demonstrando consideração pela sua agenda. Ao priorizar a melhoria na comunicação com os pacientes, os profissionais de saúde podem construir relacionamentos mais sólidos, aumentar a confiança e melhorar a adesão ao tratamento, resultando em uma experiência mais positiva para os pacientes e uma prestação de cuidados mais eficaz.

A comunicação não verbal desempenha um papel crucial em ambientes hospitalares, onde a interação entre profissionais de saúde, pacientes e suas famílias é constante.

Aqui estão algumas considerações sobre a comunicação não verbal em hospitais:

Expressão Facial: 

Profissionais de Saúde: Uma expressão facial empática pode transmitir conforto e compreensão aos pacientes. Manter uma expressão séria e profissional quando necessário é importante, mas também mostrar empatia e preocupação.

Pacientes: As expressões faciais dos pacientes podem revelar muito sobre seu estado emocional. Os profissionais de saúde devem estar atentos a sinais de dor, desconforto ou ansiedade.

Contato Visual: 

Profissionais de Saúde: Estabelecer contato visual transmite interesse e atenção. Isso pode ajudar a construir confiança e demonstrar que o profissional de saúde está totalmente envolvido no cuidado do paciente.

Pacientes: Os pacientes podem se sentir mais confortáveis ​​e apoiados quando os profissionais de saúde mantêm contato visual adequado durante as interações.

Postura Corporal:

Profissionais de Saúde: Uma postura ereta e aberta pode sugerir confiança e profissionalismo. Evitar cruzar os braços e manter uma postura receptiva é importante para criar um ambiente acolhedor.

Pacientes: Os pacientes podem sentir-se mais seguros quando os profissionais de saúde adotam uma postura que sugere abertura e disponibilidade.

Gestos e Linguagem Corporal:

Profissionais de Saúde: Gestos suaves e linguagem corporal podem ser usados ​​para enfatizar informações importantes ou transmitir empatia. Evitar gestos que possam ser interpretados como ameaçadores é crucial.

Pacientes: Os pacientes podem usar gestos para expressar dor ou desconforto quando as palavras são insuficientes.

Tom de Voz:

Profissionais de Saúde: Um tom de voz calmo e compreensivo é essencial. Adaptar o tom para se adequar à situação pode ajudar a transmitir empatia.

Pacientes: Mudanças no tom de voz dos pacientes podem indicar preocupações emocionais ou físicas.

Toque Adequado:

Profissionais de Saúde: O toque pode ser reconfortante, mas é crucial considerar as preferências culturais e pessoais dos pacientes. Sempre obtenha permissão antes de tocar o paciente.

Pacientes: Alguns pacientes podem achar o toque tranquilizante, enquanto outros podem preferir menos contato físico. Comunicar claramente as opções é fundamental.

A comunicação não verbal eficaz em hospitais contribui para um ambiente de cuidado mais humano, melhora a compreensão mútua e promove o bem-estar emocional dos pacientes.

 

Um case de implementação da Empatia Clínica

Mayo Clinic é uma organização sem fins lucrativos da área de serviços médicos e de pesquisas médico-hospitalares localizadas em três metrópoles: Rochester, em Minnesota; Scottsdale/Phoenix, no Arizona; e Jacksonville, na Flórida.

A Mayo Clinic é conhecida por seu foco no atendimento centrado no paciente, o que inclui uma forte ênfase na empatia clínica. A empatia clínica é um componente essencial da abordagem da Mayo Clinic ao atendimento ao paciente, que é centrada nas necessidades e preocupações de cada paciente individual.

A Mayo Clinic dá grande ênfase ao treinamento de sua equipe em habilidades de empatia clínica. Os programas de treinamento da clínica visam ensinar aos médicos como compreender e se conectar com os pacientes em um nível mais profundo, o que pode ajudar a construir confiança e melhorar os resultados dos pacientes.

Um exemplo do compromisso da Mayo Clinic com a empatia clínica é o programa “Say Hello”. Este programa incentiva os médicos a reservarem alguns momentos extras para se apresentarem aos pacientes, perguntarem sobre suas preocupações e explicarem seu papel no atendimento ao paciente. Este simples gesto pode ajudar muito os pacientes a se sentirem mais confortáveis ​​e conectados com seus profissionais de saúde.

A Mayo Clinic também utiliza uma variedade de ferramentas e tecnologias para apoiar a empatia clínica, como pesquisas com pacientes e mecanismos de feedback que permitem aos pacientes fornecer feedback sobre sua experiência de atendimento. Esse feedback é usado para melhorar a experiência do paciente e garantir que os médicos da Mayo Clinic atendam às necessidades e expectativas de seus pacientes.

No geral, a empatia clínica é um valor central na Mayo Clinic, e o compromisso da clínica com esse valor ajudou a estabelecê-la como líder no atendimento centrado no paciente.

 

Dr Claudio Nunes

Consultor Médico da JME

Proteja os dados do seu hospital

A informatização dos sistemas de saúde trouxe inúmeros benefícios, mas também aumentou a importância da segurança dos dados, especialmente em ambientes hospitalares. Neste contexto, a implementação de estratégias de backup seguro é crucial para garantir a integridade, disponibilidade e confidencialidade das informações médicas. Este artigo explora as melhores práticas e considerações ao estabelecer um sistema de backup seguro em hospitais.

Riscos e Desafios

Hospitais enfrentam ameaças diversas, incluindo ataques cibernéticos, falhas de hardware, desastres naturais e erro humano. Compreender esses riscos é fundamental para desenvolver um plano de backup eficaz.

Estratégias de Backup

  1. Backup Regular e Automatizado: Implementar backups automáticos em intervalos regulares reduz a probabilidade de perda de dados.  Nota: Para isto a JME disponibiliza uma rotina para realização destes backups, se seu hospital ainda não possui esta rotina  implementada, fale com o nosso suporte.
  2. Backup em Locais Diversificados: Distribuir cópias de backup em locais físicos diferentes minimiza o impacto de desastres locais.
  3. Armazenamento em Nuvem Criptografado: Utilizar serviços de nuvem com criptografia forte para proteger os dados contra acessos não autorizados. No mínimo é aconselhado colocar com um backup atualizado em um drive externo (Google Drive, Driver Box, etc…).

Segurança

Controle de Acesso: Implementar políticas rigorosas de controle de acesso para garantir que apenas pessoal autorizado possa acessar os dados de backup.

Testes e Manutenção

Simulações de Recuperação: Realizar testes regulares de recuperação de dados para garantir que o processo seja eficaz em situações reais.

Atualizações e Monitoramento: Manter sistemas de backup atualizados e monitorar constantemente sua eficácia.

Conformidade com Normativas

  • Leis de Proteção de Dados: Cumprir as regulamentações locais e internacionais, como o GDPR, HIPAA, entre outras, é crucial para evitar penalidades e proteger a privacidade do paciente. Por isso, o armazenamento das informações e documentos é feito mediante segurança máxima. Todas as empresas/pessoas ou organizações que detém esses dados devem obrigatoriamente ter mecanismo de avaliação para possíveis invasões ou perda, oferecendo todos os meios para que não haja nenhum risco de exposição do paciente.

Treinamento e Conscientização

Treinamento Regular: Educar regularmente os funcionários sobre práticas seguras, evitando ações que possam comprometer a segurança dos dados.

Conclusão

A implementação de um sistema de backup seguro em hospitais não é apenas uma medida preventiva, mas uma necessidade imperativa para garantir a continuidade dos serviços de saúde e proteger a confidencialidade dos dados do paciente. Ao adotar as melhores práticas mencionadas neste artigo, os hospitais podem fortalecer sua postura de segurança cibernética e enfrentar os desafios emergentes na era da digitalização na área da saúde.

Desafios e investimentos para implementar um hospital Paperless no Brasil

Os hospitais brasileiros enfrentam um desafio significativo: o armazenamento de um vasto volume de prontuários médicos. A dependência de documentos físicos não apenas ocupa espaço precioso, mas também dificulta o acesso rápido e eficiente às informações dos pacientes. A solução ideal parece ser a transição para um hospital paperless, onde todos os registros são digitalizados e gerenciados eletronicamente. Contudo, essa transição enfrenta barreiras consideráveis, tanto financeiras quanto operacionais. Este artigo discute as dificuldades dessa mudança e os investimentos necessários para alcançar um hospital paperless.

Desafios na Implementação de um Hospital Paperless

1. Alto Custo Inicial:

A implementação de um sistema de gestão de documentos eletrônicos exige um investimento inicial significativo. Este custo engloba a aquisição de hardware, software, infraestrutura de rede e dispositivos de backup. Além disso, há custos associados à digitalização dos prontuários existentes.

2. Certificações e Compliance:

Os hospitais devem garantir que os sistemas eletrônicos de gestão de documentos cumpram rigorosos padrões de segurança e privacidade, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Isso requer a obtenção de certificações específicas e a realização de auditorias regulares, o que pode ser dispendioso e demorado.

3. Resistência à Mudança:

A transição de um sistema baseado em papel para um digital envolve uma mudança cultural significativa. Funcionários que estão acostumados a trabalhar com documentos físicos podem resistir à mudança, necessitando de treinamento intensivo e suporte contínuo.

4. Segurança da Informação:

Os prontuários médicos contêm informações sensíveis que devem ser protegidas contra acesso não autorizado e possíveis ataques cibernéticos. Implementar sistemas de segurança robustos, como criptografia, autenticação multifator e monitoramento contínuo, é essencial, mas também caro.

5. Interoperabilidade de Sistemas:

Hospitais frequentemente utilizam uma variedade de sistemas de informação para diferentes finalidades. Garantir que todos esses sistemas possam se comunicar e compartilhar dados, através do EHR, de forma eficaz é um desafio técnico significativo.

 

Investimentos Necessários para a Implementação

1. Infraestrutura de TI:

Servidores e Armazenamento:

– Servidores de Alta Performance: Equipamentos robustos, com capacidade de processamento e armazenamento avançadas, evitando gargalos no momento de consultas dos prontuários de forma digital.

– Armazenamento redundante em Nuvem: Soluções que oferecem armazenamento seguro e escalável, permitindo a gestão eficiente de grandes quantidades de dados.

– Soluções de Backup e Recuperação: Implementação de sistemas de backup que garantem a recuperação de dados em caso de falhas, assegurando a continuidade das operações.

Redes e Conectividade

– Links Redundantes: Contratação de múltiplos provedores de internet para garantir conexão ininterrupta, incluindo links de fibra óptica e links de backup via rádio ou satélite.

– Equipamentos de Rede: Roteadores, switches e firewalls de alta capacidade, para assegurar a conectividade e segurança da rede.

– Rede Elétrica Redundante: Sistemas de alimentação elétrica redundantes, incluindo geradores e no-breaks (UPS), para garantir a continuidade do serviço em caso de falha de energia.

2. Software de Gestão de Documentos Eletrônicos:

– Sistemas de Registro Eletrônico de Saúde (EHR): Software como o SIS.HOS da JME Informática, que são eficientes, seguros e compatíveis com os padrões de interoperabilidade.

– Software de Digitalização: Ferramentas como Liquid Suite da Rede Imagem para digitalizar prontuários antigos e integrados ao sistema EHR. Permitindo a certificação digital dos mesmos.

– Gestão Eletrônica de Documentos (GED): Sistemas como Liquid Suite para gerenciar, armazenar e recuperar documentos digitalizados com eficiência. Deve ser integrado com o EHR do Hospital e possuir certificação digital dos documentos.

3. Treinamento e Capacitação:

– Capacitação de Funcionários: Programas de treinamento contínuos para garantir que todos os funcionários estejam confortáveis e proficientes no uso dos novos sistemas.

– Suporte Técnico: Equipes de suporte interno e/ou contratação de serviços de suporte de empresas especializadas para resolver problemas técnicos e auxiliar na transição.

4. Segurança da Informação:

– Soluções de Cibersegurança: Implementação de sistemas de proteção, como firewalls, criptografia de dados e monitoramento contínuo, para garantir a segurança das informações sensíveis dos pacientes.

– Auditorias de Segurança: Realização de auditorias regulares com empresas especializadas em segurança da informação para garantir a conformidade com as regulamentações de proteção de dados e identificar possíveis vulnerabilidades.

5. Certificações e Conformidade:

– Certificações Necessárias: Investimento em processos de certificação para garantir que os sistemas eletrônicos atendam aos padrões de segurança e privacidade exigidos pelas regulamentações locais e internacionais.

– Consultorias de Compliance: Serviços de consultoria para auxiliar na adaptação dos processos e sistemas às exigências legais, garantindo que todas as práticas estejam alinhadas com as regulamentações vigentes.

 

Conclusão

A transição para um hospital paperless no Brasil representa um avanço significativo na eficiência e na qualidade dos cuidados de saúde, mas não está isenta de desafios. Os altos custos iniciais, a necessidade de certificações rigorosas, a resistência à mudança e os requisitos de segurança são obstáculos que devem ser cuidadosamente gerenciados. No entanto, com investimentos adequados em infraestrutura de TI, software, treinamento e segurança, é possível superar essas barreiras e colher os benefícios de um sistema de gestão de documentos totalmente digital. Um hospital paperless não só otimiza o uso do espaço físico e melhora o acesso à informação, mas também proporciona uma base sólida para a implementação de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e análises preditivas, que podem transformar a assistência médica no futuro.

JME Informática – Transformando a forma como a saúde é entregue.

JME no Health Meeting 2024

 

No mês de Novembro aconteceu o Health Meeting em Porto Alegre, um evento de 3 dias focado em imersão e networking na área da saúde.

O evento direcionado para executivos e gestores de hospitais e clínicas, médicos, enfermeiros e demais profissionais e empresários da área da saúde, fortalece o setor através da promoção de conhecimento, geração de negócios e acesso às últimas tecnologias.

A edição de 2024 reuniu mais de 15 mil visitantes de 12 estados, contando com mais de 260 palestrantes, mais de 250 expositores e diversas startups. 

Durante o evento a JME realizou o pré-lançamento do SIS.HOS 5.0, com a apresentação de um layout mais intuitivo, barra de acesso rápido e dashboards aprimorados com inteligência artificial para análise preditiva, o SIS.HOS 5.0 facilita a navegação e oferece insights estratégicos para uma gestão hospitalar mais ágil.

Diversos parceiros e clientes, que visitaram nosso estande, tiveram um primeiro contato com a nova solução.

Se você não pôde comparecer, em breve todas as soluções apresentadas no evento e muito mais estarão disponíveis para nossos clientes.